Projeto MUVIe

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Projeto Museu Virtual do Ensino de Ciências Fisiológicas na FURG

 

Em 11 de março de 1966 foi autorizado o funcionamento da Faculdade de Medicina pelo Conselho Federal de Educação e dentre os departamentos que a integravam na sua época da criação já se encontrava o Departamento de Ciências Fisiológicas (Meirelles, 2004). O ensino da matéria Fisiologia na FURG remonta a esta época. Deste período restam inúmeros manuais e roteiros de aulas práticas de Biofísica e Fisiologia, datilografados, obtidos de inúmeras Universidades americanas, inglesas e canadenses como a Universidade de Miami, Universidade do Arkansas, o University College of London, Universidade de Toronto, entre outras. Desde sua origem o Ensino Prático contou com instrumentais para o aprendizado buscando tornar os acadêmicos conhecedores das leis que regem as funções vitais e profissionais capazes de promover a saúde e tratar as doenças da população. Algumas aulas práticas daquela época estudavam, por exemplo, os Mecanismos de Controle da Pressão Arterial e a Produção de Urina em Cães, e mais recentemente as Adaptações ao Mergulho em Tartarugas. Outros animais como rãs, coelhos, camundongos e cobaias eram utilizados em diferentes atividades práticas.

Estas aulas práticas foram inicialmente realizadas nas instalações do Hospital Santa Casa de Rio Grande, como pode ser observado na figura 1 onde aparecem estudantes, ilustres benfeitores da instituição à época e o Prof. Pery Riet Corrêa, um dos pioneiros da matéria Fisiologia (Meirelles, 2004). Vários docentes atuaram nesta matéria, que expandiu o ensino teórico-prático da Fisiologia Humana e Animal para a pesquisa em Ciências Fisiológicas. As Ciências Fisiológicas fazem parte hoje do Instituto de Ciências Biológicas, apresentando grande produção intelectual em Ensino, Pesquisa e Extensão e havendo criado o Programa de Pós Graduação em Ciências Fisiológicas – Fisiologia Animal Comparada, em 1999.

Ao longo destas cinco décadas, o ensino prático das ciências fisiológicas, manteve algumas características, práticas e investigativas, especialmente nos cursos da área da saúde, ao mesmo tempo em que se adaptou a novas realidades, como a redução no número de animais utilizados e a substituição de antigas práticas por metodologias alternativas, como o uso de filmes e simuladores computacionais, especialmente nos cursos da área das ciências biológicas.

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Figura 1. Retirada de Meirelles (2004), obra de Francisco das Neves Alves (Org.):
Fundação Universidade Federal do Rio Grande: 35 anos a serviço da comunidade.
 

Este foi o processo estimulador para a criação em 2009 do projeto Museu Virtual do Ensino de Ciências Fisiológicas na FURG. Este projeto desde então tem sido apoiado pela FURG através da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura e do Instituto de Ciências Biológicas. Atua em parceria com o Núcleo de Memória da FURG Engenheiro Francisco Martins Bastos (Museu-NUME). Recebeu apoio do Edital Pró-Cultura 2009 (PROEXC-FURG) e foi aprovado pelo Edital PROEXT-2013.

 

            Objetivos do MUVIe:

Este projeto tem por objetivo geral fazer o registro histórico das práticas de ciências fisiológicas até então realizadas, descrevendo a evolução destas e documentando-as através de fotografia e da criação de um Museu Virtual. Este espaço de memória servirá ainda como uma plataforma de ensino prático de ciências fisiológicas, com propostas de novas metodologias, e promoção do Ensino e da História das Ciências Fisiológicas na FURG.

Objetivos Específicos:

  • Construir um Museu Virtual com imagens de equipamentos, aulas, professores e técnicos que atuaram e atuam nas ciências fisiológicas da FURG;
  • Informar sobre conceitos de ciências fisiológicas que foram e ainda podem ser praticados seja por aulas clássicas seja por metodologias alternativas;
  • Divulgar ao público específico das áreas Biológicas e da Saúde um pouco da história destas matérias e sua evolução dentro da Instituição;
  • Servir de espaço para reflexão sobre o novo Ensino de Ciências Fisiológicas;
  • Servir de instrumento para a Educação Patrimonial.